Pedaços de um ser chamado Eu.
Na primeira porta algo me impede de entrar. Sinto um arrepio a percorrer-me de cima a baixo, e vejo a minha alma a sair do meu corpo e a entrar pela porta que não o deixa (o meu corpo) passar. Do outro lado existe um mundo de almas. Cada alma é representada por um arrasto de luz, e a cor dessa luz, é caracterizada pelo estado de espírito de cada da pessoa a quem pertence essa alma. As almas vão-se arrastando e não consigo ver o fim daquele mundo. Vejo apenas uma mistura de cores no horizonte, a imensidão de almas.
Na segunda porta vejo utopias. Um mundo imaginado onde tudo faz parte de mim, sendo tudo irreal. Nada do que vejo existe no mundo que todos dizem ser o verdadeiro. Cores que derretem, cores que voam como neblina colorida. Mas e eu? Serei também um ser irreal? Serei imaginação da minha própria cabeça?
Na terceira porta existe um mundo feito de papel de prata muito fino e frágil, onde tenho de andar cautelosamente, pensar antes de agir, não fazer movimentos bruscos nem violentos, para que o papel não se parta. Um pouco do meu mau de mim, um pouco do que faz parte de mim.
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